No segundo dia de SPFW os olhos se voltaram para…as bocas! Das mais sutis até as mais intensas, mas sempre passeando pelos tons de rosa. Os cabelos aparecem sem grandes alardes, ora lisos, ora presos, ora com texturas, mas sempre fazendo o papel de moldura para o restante da beleza.
IÓDICE
Nadine Luke montou uma maquiagem limpa, mas brilhante. O que mais chamava atenção era o gloss, aplicado nos olhos, na boca e nas têmporas. No primeiro, um incolor sobre uma espécie de sombra cremosa (um produto de tripla função) perolada, que tomava toda a pálpebra e descia um pouco para o osso da têmpora, fazia conjunto com máscara apenas nos cílios superiores e pó cintilante. Na boca, ia sobre um lápis em tom avermelhado, que era aplicado apenas no centro dos lábios. O blush dava efeito levemente bronzeado, e era uma cor que misturava rosa, coral e marrom. Mas por incrível que pareça, tudo isso junto resultava em uma beleza limpa, sem exageros, que combinava perfeitamente com o cabelo, assinado por Max Weber. Um rabo de cavalo bem puxado, que dá efeito lifting ao rosto, era feito com aplicação de mousse na raiz, spray no comprimento, chapinha e pra finalizar, um anti-frizz da Seda by Yuko Yamashita. O charme ficou por conta de uma faixa grossinha de couro, que fazia as vezes de elástico, e deixava o rabo longe da cabeça, transformando as modelos em amazonas na passarela.
ELLUS
Fabiana Gomes, maquiadora sênior da MAC, conversou com o portal FFW e contou que Nadine Luke queria minimizar a maquiagem pra maximizar a beleza natural das meninas. Para isso, foram enfatizados os pontos marcantes dos rostos com um jogo de luz e sombra, conseguido com um blush em tom de pêssego. Nos lábios, lápis magenta apenas no centro novamente (parece ser o jeito preferido de Nadine maquiar a boca) e sombra creme pêssego nos olhos, com máscara nos cílios superiores e inferiores e sobrancelhas bem penteadas. O cabelo, assinado por Robert Estevão, era suave, liso no topo e ondulado nas pontas, feito com babyliss.
ÁGUA DE COCO
A mulher bonita marcou presença na beleza da Água de Coco, e veio cheia de dourado. Nos olhos Marcelo Gomes aplicou pigmento dourado e esfumou o côncavo com sombra marrom, delineando bem rente aos cílios com a mesma sombra. Pra adornar os olhos cintilantes, cílios postiços e muito rímel. Para o blush, o famoso tom terracota, que dá bronze instantâneo nas maçãs, fazia par com um pó cintilante. Em contraponto aos (muitos) brilhos do make, o batom era de textura opaca, um rosa bem feminino. Nas palavras da própria Liana Thomaz (estilista da marca), o make era de mulher rica, que ama se maquiar, mas não é perua. Deu certo! O cabelo também era alisado. Escovado e chapado, pra garantir que todos os fios ficassem os mais retos possíveis, garantia movimento na passarela. Algumas meninas ganhavam apliques em tons mais claros, pra imitar as famosas “mechas californianas”, número um nos salões de cabeleireiros.
CORI
A Cori levou para a passarela uma moda que surgiu do contraponto entre o utilitário e o orgânico. E Daniel Hernandez arrematou os looks com uma beleza que tinha tudo a ver com essa ideia. O cabelo dividido ao meio, com um rabo de cavalo baixo e algumas mechas soltas, totalmente sem afetação. Já a beleza, ainda natural, trazia frescor, com tons rosados nas maçãs e nos lábios. E por falar em boca, o batom era aplicado com leves batidinhas, pra dar um ar despretensioso, e com gloss labial por cima. O gloss também se repetia em pontos do rosto, como nariz e têmporas, e descia para os ombros. Nos olhos, muito rímel nos cílios superiores e uma fina linha delineada preta, sem ponta.
OSKLEN
Nadine Luke fez uma beleza que casava super bem com a coleção que Oskar Metsavaht levou às passarelas da Osklen. A intenção era ser uma base “nada” para o surgimento de cores que ia ocorrer na passarela, do branco, passando pelo azul, até chegar ao preto. Para isso, a pele era super bem feita, com base e pó, e apenas alguns toques de brilho nas têmporas, com gloss, e pó cintilante na “covinha” sobre o lábio. Cor apenas na boca, com lápis cereja, intenso no centro dos lábios e que esmaecia até o canto. O cabelo, assinado por Robert Estevão, levava duas texturas: seco e molhado. A parte superior dava a impressão de touca de banho, feita com spray seco, com aquela cara de quem prende o cabelo pra tomar banho e não molhar mesmo! Já a parte de baixo era molhada, feita com gel, e era um rabo-semi-coque, de quem “acabou de sair da água”.
TRITON
Quem faz a produção é Robert Estevão, que pegou carona no perfume 1950 e 60s presente na coleção para montar essa menina. Um retrô sem cara de velharia, com o popular delineador gatinho de ponta sutil ao lado de batons vibrantes, ora pinks, ora alaranjados. O cabelo, mega master sessentinha, era repartido de lado com volume no cocuruto e solto. Pronta pra festa!
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